quarta-feira, 4 de junho de 2014

DIA DE OUTONO

Título Original: Akibiyori
Diretor: Yasujiro Ozu
Ano: 1960
País de Origem: Japão
Duração: 128min

Sinopse: Depois da cerimônia fúnebre em homenagem ao marido, Akiko e a filha Ayako conversam sobre o morto com os amigos Taguchi, Hirayama e Mamiya. Os três especulam sobre o futuro da moça e propõem que ela se case. Ayako recusa, alegando que não quer deixar a mãe sozinha. Depois de uma partida de golfe, os três amigos decidem persuadir a mãe a se casar novamente, permitindo que Ayako possa se sentir livre para fazer o mesmo. Taguchi e Mamiya pensam no amigo Hirayama, também viúvo, como o mais apto a conquistar o coração de Akiko. Mas as coisas não caminham conforme o esperado e o plano sofre reviravoltas. Considerado uma das mais inspiradas variações sobre as relações familiares, o tema preferido do cineasta.

Comentário: Belíssimo filme! O filme tem um "que" da Nouvelle Vague francesa, Yôko Tsukasa é quase uma Audrey Hepburn japonesa, os amigos me lembraram os três patetas em alguns momentos e teve enquadramentos que pareciam (para mim) telas do Matisse com seu tom pastel. Meu ponto é que o cinema ocidental influenciou o cinema oriental, tanto quanto o cinema oriental influenciou o cinema ocidental, e este filme é quase a prova viva da globalização da arte dos anos 60, que pra mim deixa o filme muito mais intenso e com um significado muito maior. Em muitos momentos achei que a mãe alfinetava a filha para que ela não se casasse e a filha, de uma imaturidade sem tamanha, ficava dando corda para a atitude intrometida da mãe. É como se o filme tratasse da recusa em amadurecer e em não aceitar as mudanças que a vida impõe..... mas que os 3 amigos eram sem noção nenhuma..... ah, isso eram.


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