terça-feira, 17 de junho de 2014

RIO VIOLENTO

Título Original: Wild River
Diretor: Elia Kazan
Ano: 1960
País de Origem: EUA
Duração: 110min

Sinopse: Tentando evitar mais perdas de vidas em virtudes das cheias do rio Tennessee, o Congresso dos Estados Unidos em 18 de maio de 1933 criou um novo órgão chamado Tennessee Valley Authority, ou TVA, e o autorizou a construir diversas barragens ao longo do rio. Ao mesmo tempo o TVA teve que comprar toda a terra às margens do rio e todas as ilhas de seu curso, mas algumas pessoas vivem nessas terras há gerações e algumas delas se recusam a vendê-las sob qualquer pretexto. Chuck Glover (Montgomery Clift) é um administrador da TVA que recebe a incumbência de supervisionar a construção de uma represa no rio Tennessee. Chuck tem sérios problemas com a população local, que não aceita que ele contrate trabalhadores negros. Sua principal tarefa é tentar convencer Ella Garth (Jo Van Fleet), uma velha senhora, em vender sua propriedade em um ilha do rio. Politicamente a desapropriação é desaconselhável, pois alguns senadores não aceitam tal medida. Paralelamente Chuck tem um envolvimento com Carol Garth Baldwin (Lee Remick), a neta viúva de Ella.

Comentário:  É preciso separar Elia Kazan como pessoa e sua obra cinematográfica. Como pessoa eu realmente não gosto dele, mas como cineasta sou um grande admirador de seus filmes, este não foge a regra. Os personagens são muito bem trabalhados, todos tem seus objetivos, seus conflitos. Não existe certo ou errado, o que já torna minha implicância com o diretor bem subjetiva. A personagem de Jo Van Fleet é a mais complexa, suas raízes e sua teimosia brinca com o espectador o tempo todo. Um toque na ferida com relação a racismo pra parecer politicamente correto nos anos 60 só agrega valor ao filme. Mas é o romance entre os personagens principais que acabam levando o filme entre a ternura e a aflição, por se tratar de uma paixão bem atribulada, que parece fadada ao fracasso. Não é o melhor do Kazan, mas pra um diretor de primeira grandeza, já faz deste um filme obrigatório.


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