Título Original: Accattone
Diretor: Pier Paolo Pasolini
Ano: 1961
País de Origem: Itália
Duração: 116min
Sinopse: Ao som da musica sublime de Bach, Pasolini nos apresenta a miserável
periferia de Roma, onde vive Vittorio, mais conhecido como Accattone,
um jovem cafetão que explora a prostituta Maddalena. Quando ela é presa,
ele fica sem rumo até se apaixonar pela ingênua Stella, que tenta
fazê-lo mudar de vida.
Comentário: O filme é quase um irmão mais novo dos filmes Acossado e de O Imprestável, mas com uma diferença muito importante entre esses dois: o personagem não é digno da afeição do público, ele é vil e egoísta, passa a perna no próprio filho, tira vantagem das pessoas a sua volta, metido a espertalhão. Percebo que muitas pessoas acabam se apegando ao personagem ao longo do filme, me fazendo acreditar que é uma espécie de armadilha que Pasolini arma para o espectador, porque não, ele não é digno de pena ou piedade. Franca Pasut (que interpreta Stella) tinha todos os requisitos para adentrar no hall da fama das maiores musas da história do cinema, mas estranhamente caiu no esquecimento e sumindo, uma pena. Pasolini impressiona muito por se tratar de seu primeiro filme na direção, mas é uma impressão boba já que havia trabalhado como roteirista em filmes muito superiores como Noites de Cabíria, A Doce Vida e O Belo Antônio, filmes que devem tê-lo ajudado muito em acertar tanto a mão nesta sua primeira direção. Um filme forte, com cenas perturbadoras, que vale a pena ser assistido.
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