quarta-feira, 1 de outubro de 2014

VIRIDIANA

Título Original: Viridiana
Diretor: Luis Buñuel
Ano: 1961
País de Origem: Espanha
Duração: 90min

Sinopse: Às vésperas de ser ordenada freira, Viridiana passa uns dias na mansão do seu pervertido tio, que, obcecado com sua beleza, tenta seduzi-la de todas as maneiras. Com a morte repentina do tio, desiste da vida religiosa, indo morar na mansão. Movida pelo espírito de caridade cristã, ela abriga e alimenta todos os mendigos da região. Porém, os miseráveis não se comportam do jeito que ela esperava.

Comentário: Apesar de ser um filme da época em que Buñuel já estava residindo no México, ele foi inteiramente filmado na Espanha. É um filme estranho em vários aspectos, primeiramente porque ele não me agradou em vários momentos, mas é um filme assim, que agrada desagradando. Buñuel mais uma vez coloca o dedo na ferida e faz um complexo emaranhado de  situações que tentam explicar a complexidade do comportamento humano, a conclusão que se chega é de que é impossível explicar o comportamento humano. Neste ponto eu concordo com o diretor, porém há quem veja o filme com um certo negativismo, de que não se deve ajudar seres humanos, são todos folgados e mal agradecidos, neste ponto discordo completamente por minhas ideias em campos ideológicos. É aí que o filme me desagrada agradando, não dá pra dizer exatamente o que o Buñuel queria dizer com tudo, deixando o filme beirando a genialidade, fazendo o espectador refletir. Pode parecer um filme com poucos sinais do surrealismo que Buñuel tanto utilizava, mas acredito que o filme está cheio deles, desde os detalhes mais insignificantes e minúsculos. Um filme que merece ser assistido tanto pelo roteiro complexo como pela genialidade técnica.


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