quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

BARRAVENTO

Título Original: Barravento
Diretor: Glauber Rocha
Ano: 1962
País de Origem: Brasil
Duração: 77min

Sinopse: Numa aldeia de pescadores de xeréu, cujos antepassados vieram da África como escravos, permanecem antigos cultos místicos ligados ao candomblé. Firmino (Antônio Pitanga) é um antigo morador, que foi para Salvador na tentativa de escapar da pobreza. Ao retornar ele sente atração por Cota (Luíza Maranhão), ao mesmo tempo em que não consegue esquecer sua antiga paixão, Naína (Lucy Carvalho), que, por sua vez, gosta de Aruã (Aldo Teixeira). Firmino encomenda um despacho contra Aruã, que não é atingido. O alvo termina sendo a própria aldeia, que passa a ser impedida de pescar.

Comentário: Um grande filme do cinema nacional, ainda hoje tem uma força tremenda, sugiro pra todos os que criticam abertamente o sistema de cotas, pois este filme mostra bem a tremenda barbárie que fizemos com os negros do nosso país, a opressão e escravismo que ainda dura por este povo brasileiro tão sofrido que está vivendo como pode por aí. Um retrato da cultura baiana e do candomblé, a superstição e devoção de uma cultura tão diferente da maioria que povoa este misto cultural que é o Brasil. O filme pode cansar em algumas partes, se estender demais em algumas cenas, mas é arte. Antônio Pitanga trabalhando mal, coitado, de todo o elenco quem chama realmente a atenção é Luíza Maranhão, que já havia brilhado em A Grande Feira, mas aqui consegue despontar ainda mais, uma das atrizes negras mais lindas que passou pelo cinema nacional e a primeira a estampar uma capa de revista em circulação nacional. O personagens são interessantes pra caramba, você consegue concordar e odiar Firmino, ter pena e dizer bem feito pra Aruã, se importar e querer ajudar Cota. Naína é a que passa mais despercebida em todo o filme na minha opinião. O filme conta ainda com a participação do grande Nelson Pereira dos Santos como editor. Era o cinema nacional dando seus primeiros passos rumo ao brilhantismo, vale a pena.


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