quinta-feira, 5 de março de 2015

CINCO VEZES FAVELA

Título Original: Cinco Vezes Favela
Diretores: Marcos Farias, Miguel Borges, Joaquim Pedro de Andrade, Carlos Diegues & Leon Hirszman
Ano: 1962
País de Origem: Brasil
Duração: 91min

Sinopse: Cinco histórias com a visão de diferentes diretores sobre a favela, mostrando um retrato definitivo das pessoas que ali viviam no começo da década de 60. Em "Um Favelado" conta a história de um desempregado que sem dinheiro, arquiteta um plano para poder pagar o barraco onde vive. Em "Zé da Cachorra" um latifundiário quer de volta suas terras, onde está instalada uma favela. Um favelado luta contra a passividade de uma comissão de moradores, que estão aceitando a situação desfavorável que lhes foi imposta. Em "Couro de Gato" crianças caçam gatos a fim de usar seu couro para fabricar tamborins, que serão usados no carnaval. Em "Escola de Samba Alegria de Viver" o presidente do grêmio recreativo, divide-se entre lutar pela sua categoria ou aceitar as imposições comerciais do carnaval. Em "Pedreira de São Diogo" sobre uma pedreira há uma favela. Ao perceberem o risco de desabamento dos barracos, em consequência das explosões de dinamite, os operários incitam os moradores a iniciar um movimento de resistência para impedir um acidente fatal.

Comentário: Como são cinco histórias diferentes é difícil manter o mesmo nível em todas. As melhores pra mim são "Couro de Gato" (de Joaquim Pedro de Andrade) que consegue comover de maneira simples, e "Pedreira de São Diogo" (de Leon Hirszman) que é uma aula de cinema, excelente sequência. As histórias "Um Favelado" e "Zé da Cachorra" são medianas, a primeira (de Marcos Farias) cai um pouco no clichê e não acrescenta muito ao filme, enquanto a segunda (de Miguel Borges) gostei bastante, mas poderia ser bem mais desenvolvida, parece que ficou faltando algo (mas entendo a falta de tempo pro desenvolvimento, senão viraria um filme só sobre ela). "Escola de Samba Alegria de Viver" (de Carlos Diegues) é a mais chata, parece não sair muito do lugar, cansa e é mal desenvolvida. No geral é um filme que vale a pena ser assistido, tanto pelas histórias quanto pela visão documental da época.


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