quarta-feira, 8 de abril de 2015

O 5º PODER

Título Original: O 5º Poder
Diretor: Alberto Pieralisi
Ano: 1962
País de Origem: Brasil
Duração: 99min

Sinopse: Uma potência estrangeira tenta desestabilizar o Brasil através da propaganda subliminar, que pode atingir o inconsciente das pessoas por meio de artefatos eletrônicos. Um jornalista começa a investigar uma série de fatos e descobre os responsáveis pelos distúrbios.

Comentário: O filme é bem interessante, pode ter algumas coisas forçadas, pontas soltas e coisas do tipo, mas impressiona com as coincidências de fatos. Quem iria pensar que dois anos depois deste filme o Brasil sofreria um golpe militar financiado pelos Estados Unidos? (uma potência estrangeira como no filme). E quem iria imaginar que ainda nos dias de hoje seríamos uma nação comandada pela mídia (vai me dizer que você acha que a Rede Globo não faz uma bela de uma lavagem cerebral na maioria da população?). Isto por si só aumenta bastante o grau de importância do filme. Uma pena que a única cópia disponível esteja com legendas fixas em inglês, é uma vergonha que nossa obra e cultura tenha que ser salva do ostracismo pelos americanos e não pelo povo brasileiro. Ah, já ia esquecendo de elogiar a Eva Wilma, sempre uma musa suprema do cinema nacional nos anos 60. Um fato interessante sobre o filme é a rixa que gerou entre o roteirista e produtor Carlos Pedregal (de origem espanhola) e do diretor Alberto Pieralisi (italiano), o primeiro não estava gostando do clima sério e sem ação que o diretor estava seguindo e resolveu falar com Pieralisi que decidiu se afastar. Eva Wilma interveio e disse que não seria dirigida por outro diretor, fim da história: Pieralisi dirigiu as cenas com Eva Wilma e Pedregal (que não consta nos créditos como diretor) dirigiu as cenas sem Eva Wilma. Pieralisi quis dividir os créditos quando o filme começou a ganhar notoriedade, mas ficou por isto mesmo. A embaixada americana tentou impedir Pedregal de filmar devido ao tema de mensagens subliminares, ele vendeu quase tudo que tinha pra terminar o longa. Um filme vergonhosamente esquecido, que merecia um lugar de destaque nas grandes produções brasileiras.


2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  2. Olá Gustavo. Também gostei deste filme. Estou escrevendo um artigo sobre ele. Sabe me dizer maiores informações de como você descobriu essa história da briga do diretor e do produtor do filme? Grato desde já. Carlos Machado (cipexbr@yahoo.com)

    ResponderExcluir