sexta-feira, 13 de novembro de 2015

BONITINHA, MAS ORDINÁRIA

Título Original: Bonitinha, Mas Ordinária
Diretor: J.P. de Carvalho
Ano: 1963
País de Origem: Brasil
Duração: 106min

Sinopse: Um industrial oferece dinheiro a um de seus empregados para que ele se case com sua filha de 17 anos, vítima de uma curra. O rapaz, indeciso entre o enriquecimento fácil e a fidelidade aos seus sentimentos por uma jovem de sua classe social, a qual será envolvida pelo mundo inescrupuloso dos ricaços, desmascara a ingenuidade da menina oferecida.

Comentário: Tenho um amigo que sempre diz que todas as respostas para a vida estão no filme Magnólia, bem, não discordo dele, mas eu sempre digo que todas as respostas para a sociedade brasileira estão no Bonitinha, Mas Ordinária e quero ver quem vai discordar de mim. Cinismo, ganância, opressão social, elitismo, machismo, racismo e eu posso ficar aqui colocando adjetivos a noite inteira. Não conhecia essa versão de 1963 e gostei muito, Odete Lara (que nos deixou neste ano de 2015) é de longe a melhor Ritinha de todas as versões e coloca a Vera Fischer no chinelo, portanto esta versão tem coisas melhores e piores com relação a seu remake de 1981 (a versão mais recente eu nem tenho vontade de ver). Jece Valadão atuou, produziu e escreveu o roteiro, parece ter se entregado bastante ao filme com uma atuação que não achei ótima, nem ruim, mas competente. Nelson Rodrigues é mestre, mas quem me conhece sabe que sou suspeitíssimo pra falar, pois adoro esta obra dele, só não dou nota máxima porque teve algumas interpretações forçadas como a da Lia Rossi que não me convenceram.


POLLYANNA

Título Original: Pollyanna
Diretor: David Swift
Ano: 1960
País de Origem: EUA
Duração: 134min

Sinopse: Em uma pequena cidade dos Estados Unidos, você descobrirá Pollyana, uma pequena órfã que ilumina a vida de todos que a conhecem, mas que é intimidada por sua tia, preocupada com aparências, política e posses, que parece ter problemas em aceitar a alegria da sobrinha.

Comentário: Me lembro que passaram este filme enquanto cursava a sétima série na escola, não dei bola e realmente acho que não é um filme para esta faixa etária, quando se é um adolescente rebelde. Hoje, assistindo de novo, pude perceber muitas coisas no filme que são cruciais para o mundo de hoje. Karl Malden simplesmente perfeito no papel do reverendo e sua sequência com Pollyanna é uma das melhores de todo o filme. Hayley Mills mostra que tinha talento de berço (afinal é filha do ator John Mills e da escritora Mary Hayley Bell) e já tinha me conquistado quando interpretou a protagonista no filme O Vento Também Tem Segredos, que foi baseado em um livro de sua mãe. O filme mostra o que a sociedade está precisando nos dias de hoje, mais senso de pensar no coletivo, de nos importamos com o outro, de buscarmos no outro o que ele tem de bom e não o contrário. Curiosidade: o ator Kevin Corcoran, que também interpretou o filho mais novo no A Cidadela dos Robinsons (e o mais novo do elenco em Pollyanna que interpreta o orfão Jimmy Bean) faleceu no mês passado (Outubro/2015), foram os dois últimos filmes que postei no blog de 1960, entre uma postagem e outra ele ainda estava vivo. O pai da atriz Pollyanna na vida real era o pai de Kevin Corcoran no filme A Cidadela dos Robinsons.