sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

A MULHER INSETO ou TRATADO ENTOMOLÓGICO DO JAPÃO

Título Original: Nippon Konchûki
Diretor: Shohei Imamura
Ano: 1963
País de Origem: Japão
Duração: 123min

Sinopse: É entre os camponeses, os miseráveis, os gângsteres e as prostitutas que Imamura encontra terreno fértil. A Mulher Inseto (Nippon Konchuki, 1963), uma de suas obras-primas do período, conta a história de uma camponesa que, tal como um inseto, faz sua escalada da sobrevivência. Tendo atravessado, desde a adolescência, a violência sexual e o incesto, sua mudança para a cidade grande a conduz diretamente à prostituição e afinal ao controle de um bordel, onde passa a praticar toda sorte de atos vis, dos quais antes fora vítima. O tratamento do personagem como uma verdadeira heroína é absolutamente novo no até então moralista cinema japonês. E as tomadas de estilo documental, nas quais frequentemente o personagem principal não passa de uma cabeça perdida na multidão das ruas da cidade, propõem exatamente o oposto das imagens de estúdio da Shochiku, sempre bem compostas e nítidas.

Comentário: Estava bastante empolgado para assistir este filme devido as referências que David Cronenberg usou em seu livro "Consumidos", mas foi meio decepcionante. Não sou grande fã do cinema de Imamura, acho que ele se perde ao longo de suas narrativas desconexas e truncadas. Esperava que a personagem agisse como um louva-a-deus  fêmea que arranca a cabeça do macho, ou algo do tipo, mas achei a personagem muito fraca, dependente e entregue aos homens que controlam sua vida, mostrando o domínio masculino da sociedade japonesa. Já assisti três filmes do diretor e nenhum caiu muito nas minhas graças, mas de todos, achei este o mais fraco.


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